Nome: Maria
Meu nome é Maria Cristina e sou Assistente Social, há 20 anos. Tenho um casal de filhos adolescentes e o meu primeiro companheiro, o Edson, é mecânico. Namoramos há 18 anos atrás, nos reencontramos há cerca de 02 anos e iniciamos o convívio marital em 03 meses. Eu nunca fui de fazer exames preventivos; surgiu um nódulo na auréola da minha mama esquerda, no início de 2010; eu só resolvi que iria ao ginecologista porque o nódulo começou a arder; e mesmo assim esperei entrar em gozo de férias, em meados de janeiro de 2011; o tumor foi percebido pelo ginecologista desde a primeira consulta e tudo aconteceu muito rápido; em 15 dias fiz mamografia, ultrassom de mama e biópsia; no mês de fevereiro passei por exames pré operatórios e consulta com cirurgião; a consulta com anestesista demorou um pouco, e em 28 de março eu estava no centro cirúrgico, conversando ao mesmo tempo com o cirurgião mastologista, com o cirurgião plástico e com a médica anestesista; me foi comunicado que passaria por mastectomia radical e naquele momento me pediram para decidir sobre a reconstrução, se imediata ou tardia; essa foi uma experiência aflitiva, porque eu não queria ficar sem mama, mas não tinha elementos para decidir; o mastologista me aconselhava a fazer de imediato, porque não sou diabéticas nem hipertensa; o cirurgião plástico me dizia que eu estava obesa e que haviam riscos como demora no tempo de anestesia, possibilidade de necrose do tecido retirado e de hérnia umbilical; eu tinha buscado informações na internet para tentar estar fortalecida nesse momento, mas me senti envergonhada por estar pelada e taxada de obesa diante de todos os presentes, me senti desamparada, confusa, amedrontada frente à responsabilidade de escolha; optei pela reconstrução tardia; chorei de tristeza e de frustração, mal entendendo o que a anestesista tentava me explicar sobre o processo anestésico; acordei no pós cirúrgico, ainda sem condições de avaliar as consequência da minha decisão e demorou um pouco até eu ser levada ao quarto, na maca; a minha maior felicidade foi ver, ao sair do centro cirúrgico, meu companheiro, sentado, me esperando com uma carinha de assustado, e poder fazer para ele um sinal de positivo que representava \"agora está tudo bem, porque você está aqui\"; vale explicar que ele perdeu a mãe, falecida em fevereiro de 2010, em decorrência de complicações decorrentes do câncer de mama; e embora frágil devido a esse trauma, ele foi a maior força que recebi naquele momento de dificuldade; me beijou e disse que eu tomei a decisão certa, que enfrentaríamos tudo juntos, e assim tem sido; a fase do dreno e da punção foram tranquilas; a vida sexual foi retomada uns dez dias depois da cirurgia, por decisão minha, que ele respeitou; recebi apoio e carinho de meus familiares, dos amigos, e falei bastante sobre tudo o que aconteceu, deixando que as pessoas mais curiosas e íntimas vissem o estado da cirurgia. Eu sempre confiei em Deus, e hoje, fazendo uma retrospectiva, eu entendo que Ele preparou o terreno para que tudo corresse da melhor forma: eu estava em férias seguidas de licença prêmio, recebi atendimento eficaz dos médicos, tive ao meu lado um marido dedicado, apoiador, uma família participativa e recebi muito carinho dos amigos quando transmiti a notícia; optei por não esconder nada e nem me colocar na posição de vítima; outro dado importante foi que, devido a estar com essa doença degenerativa, solicitei e obtive a liberação de uma verba referente a indenização trabalhista a que fazia jus, sendo a ajuda muito importante para as despesas que enfrentei. Hoje estou na fase de iniciar quimioterapia e radioterapia, o que é um outro desafio; ainda não consegui uma prótese mamária e estou usando um enchimento no sutiã; eu não quero parecer deficiente, mas tenho consciência que estou deficiente e que tenho direitos diferenciados, como por exemplo a lugares preferenciais em filas de bancos, em transportes coletivos e outros; soube do livro \"Câncer - Direito e Cidadania\", que pretendo adquirir, ler e divulgar; vou lidar na situação com a cabeça,porque acredito que a doença e a deficiência decorrentes do câncer são apenas limitadores, mas não empecilhos para que eu tenha uma vida normal; apenas tenho que melhorar meus hábitos, em termos globais, para uma melhor qualidade de vida, e isso é uma grande aprendizagem. Desejo que todas as mulheres que tenham acesso a esse depoimento transmitam que a prevenção do câncer de mama é a decisão mais inteligente e segura a tomar, mas quando isso não for possível e o diagnóstico de carcinoma vier, colher informações em fontes segurar,buscar o apoio da família e dos amigos e modificar os hábitos de vida, irão ajudar bastante no enfrentamento de todas as situações inerentes à doença.
Maria
OLA!P/ TODOS! MEU NOME MARIA HELENA TENHO 32 ANOS, MORO EM AGUAS LINDAS/GO, TENHO 4 FILHOS. HA 5 ANOS DESCOBRIR UM CANÇER DE MAMA, UM TUMOR MALIGNO. COM ESTA DOENÇA NA MINHA VIDA, SABIA QUE IA MORRER, POIS TINHA PERDIDO UMA CUNHADA COM CANÇER DE MAMA. ELA NAO AGUENTOU A QUIMEOTERAPIA E MORREU. ACHEI QUE IA ACONTEÇER O MESMO COMIGO. DAI FIQUEI INTERNADA NO HOSPITAL DE BASE,TIREI TODOS OS EXAMES E DEU UM TUMOR MALIGNO, FIZ QUIMEOTERAPIA DEPOIS FUI P/ RETIRADA DA MAMA,DEPOIS FIZ NOVAMENTE QUIMEOTERAPIA E RADIOTERAPIA. NESTA MESMA EPOCA MINHA MAE FICOU DIVIDIDA,POIS ELA TINHA QUE CUIDAR DE MIN E DE MINHA IRMAN INTERNADA NO PONTO SOCORRO DO HOSPITAL DE BASE COM UM TUMOR NO CEREBRO. DAI MINHA IRMÃ FOI P/ CIRUGIA E NAO RESISTIU FALEÇEU AOS 24 ANOS DEIXANDO 4 FILHOS. DAI FOI QUE CAI NA REAL, POIS MINHA IRMAN TINHA MORRIDO E DEIXOU 4 FILHOS.EU TAMBÉM COM 4 FILHOS. LEVANTEI A CABEÇA E COLOQUEI EM MENTE QUE TINHA QUE VIVER.POIS SE EU MORRER QUEM VAI CRIAR MEUS FILHOS SEM PAI. LEVANTEI A CABEÇA E ESTOU AQUI COM A CABEÇA ERGUIDA, LUTANDO, SEI QUE VOU VENÇER. AGORA DESCOBRIR QUE ESTOU COM NODULOS NOS DOIS PULMOES, MAS NAO VOU DESISTIR POIS SEI QUE O DEUS QUE CREIO, ELE É FIEL E ME AMA. VOU LUTAR MAIS UMA VEZ, POIS MEUS FILHOS PRESISAM DE MIN,ESTOU LUTANDO P/ ELES QUE TANTO AMO. OBRIGADO A TODOS P/ ME OUVIR,POIS PRESISAVA DESABAFAR. PRESISO MUITO DE UM PISICOLOGO QUEM PODER ME AJUDAR FICAREI AGRADECIDA. OBRIGADA P/ ATENÇAO. JESUS TE AMA! MARIA HELENA.